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Carta ao Cérebro

FONTE DA IMAGEM: We Heart It


(Caso preferir, pode ler ouvindo thinking out loud - Ed Sheeran)

Caro cérebro...
Eu sei que ás vezes deixo de te usar como deveria, por no momento achar a solução que o coração me propõe ser mais viável, ou ignoro a voz da sua razão por estar em estado de euforia com alguma situação. Sei também que na maioria das vezes me arrependo depois, e vejo que a única coisa real daquilo tudo foi a minha triste ilusão. Bem, eu queria te pedir desculpas por ser tão inconsequente, e lhe prometer que das próximas vezes vou dar mais valor à sua opinião. Mas sabe, você poderia ser mais generoso comigo.
Ultimamente você tem me trazido lembranças que eu havia feito questão de guardar no seu cantinho mais escuro, só pra ter a certeza de que eu não iria querer mais procurar naquelas caixas cheias de poeira as lembranças pelo simples medo do que poderia achar,e mais, eu já saberia que me traria algo sombrio. Mas você, por si próprio, ouviu um nome, algumas histórias do mesmo, e resolveu ir lá tirar tudo das caixas e espalhar por aí, pra ter certeza que eu iria me lembrar que aquele mesmo nome e suas histórias, era um alguém que já esteve na minha vida. E quando eu ignoro porque sei que aquilo não vai me fazer bem no momento, você burla os meus sonhos, trocando os papéis que outras pessoas ocupam na vida real, só pra me ver acordando confusa e extasiada.
Meu corpo já não me obedece, e treme, porque eu quero uma coisa, mas você me lembrou que eu já quis outra. Você fez se espalhar por mim uma dor que vai acorrentando meus membros, e tece ao redor do meu coração a insegurança, o medo, e todo o terror que uma simples lembrança que veio à tona poderia me causar. Estou novamente confusa, sem rumo, e as lágrimas são frequentes, porque mil vezes eu me culpo por ser tão incoerente, e mais mil vezes eu te amaldiçoo por ter aberto aquelas caixas.
E esta carta, tem como objetivo, fazer um combinado com você, e espero que considere o que vou dizer, pois se assim continuar, qualquer hora dessas ainda pulo do terceiro andar da minha casa por não saber o que fazer, e você já não terá mais um corpo pra atormentar. Bem, por favor, recolha o que você espalhou, coloque novamente nas caixas, feche-as e as coloque naquele mesmo cantinho escuro que estavam. E ainda, me prometa, que nunca, mas nunca mais irá abri-las, nem essas, nem as outras que estão com elas, e eu, em troca irei te ouvir mais, calar o que diz meu coração e seguir seus conselhos. Eu prometo que você ficará feliz, e não terá porque querer achar naquelas velhas caixas a felicidade guardada novamente. Eu prometo que vai ser assim, mas por favor, guarde as caixas, pois se não o fizer, vou repetir novamente o que vai acontecer: "se assim continuar, qualquer hora dessas ainda pulo do terceiro andar da minha casa por não saber o que fazer, e você já não terá mais um corpo pra atormentar"
Pense na mensagem que te deixo, com carinho, com atenção, e me ajude a abandonar esse sentimento sombrio e confuso que está dentro de mim.
Ass: O corpo que você controla, e ama confundir.

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