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Me deixe ser, de novo uma criança



Adultos levam a vida a sério demais.
Não me espanta que seus trabalhos e suas contas tornem suas vidas meras rotinas exaustivas, sem muito tempo a perder com os contratempos da vida; não me espanta mesmo! Mas antes que eu tenha que atravessar a tênue linha da juventude para o mundo das responsabilidades adultas, me permita ser, mais uma vez, uma criança...
Me permita esquecer da política, das guerras e desavenças, e me deixe com os olhos inocentes de criança, acreditar na paz do mundo e que o amor ainda pode salvar a todos. Quero mais uma vez acreditar que sou grande, mesmo sendo tão pequena, e sonhar com o dia que arrancarei o mundo das garras da fome como uma verdadeira heroína, fada madrinha ou tudo mais que meus sonhos me possibilitarem ser.
Quero correr descalça nas poças de água da chuva, rir das coisas mais simples e não ter dor maior para me preocupar a não ser a do joelho ralado ganho na queda de uma tentativa de escalada em uma árvore qualquer. Quero apenas sentir, sem filtros, pontes e muros ou corações partidos.
Preciso da felicidade de se deliciar com uma taça de sorvete de flocos ou com um bolo de cenoura com cobertura de chocolate, essas pequenas coisas simples que os pequeninos conseguem tirar uma intensidade e satisfação tão grandes, quando os adultos já tão atarracados por seus afazeres precisam de atos grandiosos para se sentirem felizes – e acabam por perder o prazer desses pequenos feitos diários.
Me permita ser, mais uma vez, uma criança...
Vou crescer, eu juro,
Mas me deixa ser de novo uma criança, para que eu leve para sempre essa essência comigo, e não me esqueça nunca de que a delícia de se viver está em tirar proveito de cada momento, e que a felicidade é a gente é quem faz (não o nosso dinheiro).

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